A realidade atual em preto e branco do presente contrasta com o colorido das reminiscências do passado no premiado filme de Gil Alkabetz que assistiremos no Vitanima.
Aliás, os prêmios (Cannes, Leipzig, Dresden, Ottawa e muitos outros), Alkabetz (nascido em um Kibutz e hoje trabalhando na Alemanha) os merece de sobra. A sua sensibilidade, fica demonstrada na estupenda escolha da peça cantada por Azhnavour e Compay Segundo, autoria do segundo; canção que dá título ao filme: Morir de Amor.
Mas, há mais do que isso, no filme, a belíssima música escolhida por Alkabetz está longe de ser um adereço auditivo. Atua como fio condutor da trama com final surpreendente e lhe dá um suave tom de humor irônico.
De fato, quando foi questionado sobre como chegou às idéias para produzir seu filme, Alkabetz respondeu: “eu tinha uma idéia abstrata porque sabia que memórias podem às vezes ser evocadas pela música”.
“Você às vezes escuta uma música e de repente está lá – 20 anos atrás no quarto em que a escutou. Este foi o ponto de partida”, conclui.
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